UM POUCO DE MIM

O meu viver que aqui faço

nunca afastará a lembrança

da alma presa lá por laço,

onde vivi como criança...

criança, sim, pois que era novo.

Tudo ali fiz tão direito

e quase sem paz qual povo

de caminho bem estreito.

É o passado, o qual retorna

nesta fuga sã de louco,

no presente que contorna

meu futuro – por bem pouco!

E também sem trégua e sem paz,

por mágoa ou por não paciência,

não tolero o que não me apraz

– mostro–me, pois, com tal ciência!

Salvador, 30/01/1999.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 11/11/2018
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