DESIMPORTÂNCIA

E esta desimportância mansa, fantasiada de surdez, que te devora?
Depois que enche o bucho e te vomita nas vielas de Recife,
Saúda o Pintor das palavras e se rir do abandono na diário.

Ah, mas se a gente pudesse fazer o que tem vontade!

Já não tens mãos de ciranda, mas de seta.
O olhar adultilizado, o peito de quem sabe respirar
E não se avexa se me falta ar.
Tua ginga é meu soluço.
Teu silêncio se alimenta de meus gritos.