O NADA PREENCHIDO
A vida passa!
Um passo, compasso,
descompasso e passo.
Estamos juntos nessa estrada.
Caminhos, descaminhos,
embaraços.
Faço, desfaço, ouço.
Ultrapasso.
Solto as arestas,
aparo os cabelos
voando na toada
alinhavo a estrada
me encaminho.
Somos mais a cada dia.
Sigamos avante
seguindo os instantes,
sorrisos, melancolia.
Predomina a alegria...
Cantemos!
A voz rouca
liberta a esperança.
O tempo voa, não espera.
Realizemos rápido
todas as quimeras,
doces, reluzentes,
cantantes, latentes.
Vibra o ser, morre-se,
nasce mais belo, espero...
Aquietemos, porém, a alma
enquanto a essência desperta
numa noite de plenilúnio.