Quinze do onze

Ao cravar o relógio os quatro zeros

do dia em que alegria lhe tomara

senti um dos apertos mais sinceros

angústia a cortar feito navalha

Se há décadas conheci o amor

Céus! O que é que sinto agora?

que ardor é este que em mim demora

que levarei ao mundo, aonde for?

Os teus braços outrora cálidos

que hoje quem sabe qual o fim

queria que estivessem por aqui

A vida em atos assim tão falhos

deu-me vinte e dois dias assim

hoje é o primeiro que estou sem ti