A parede
Perambulo o silêncio da madrugada
Sob fitar frio e constante
À parede de defronte.
Vomito saudade e me jogo a intervalos.
Revisito palavras, canções...
De minha teimosia sou escravo.
Caeiro, o Mestre, está certo:
O sentido das coisas
É elas não terem sentido nenhum.
Ao lixo a metafísica!
Escanteie-se o amor!
Só, quero a verdade.
Só, permaneço.
Então me volto à verdade,
À parede de defronte.