A parede

Perambulo o silêncio da madrugada

Sob fitar frio e constante

À parede de defronte.

Vomito saudade e me jogo a intervalos.

Revisito palavras, canções...

De minha teimosia sou escravo.

Caeiro, o Mestre, está certo:

O sentido das coisas

É elas não terem sentido nenhum.

Ao lixo a metafísica!

Escanteie-se o amor!

Só, quero a verdade.

Só, permaneço.

Então me volto à verdade,

À parede de defronte.

Charles WP
Enviado por Charles WP em 16/11/2018
Código do texto: T6503799
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