O Violão Imortal

Toco o meu violão sozinho

Na estrada da amargura

Onde vou na jornada

Para buscar um reino de sossego e paz

Vou atravessando cidades

E conversando com pessoas

E elas vão me contando seus casos de amor

E assim vou compondo minhas músicas

Sento debaixo da marquise

E olho o horizonte e enxergo

A simplicidade da vida

Que nos cerca

Vou viajando na solidão de meus pensamentos

Onde vou compondo lindas melodias de amor

De repente paro e converso com meu interior

E falo sobre aquela mulher

Que fazia meus olhos brilharem

De felicidade e ternura

Hoje, virei um homem velho

E solitário com seu violão

Que fica andando pelas cidades

Tocando suas músicas á troco

De meio prato de comida

Durmo em pedras no sereno da noite

Onde olho para a Lua que me agracia

Com o teu brilho

E vou vivendo minha vida

Compondo minhas músicas

Até o destino me abater

E quem sabe me levar até o paraíso

Vou prosseguindo a minha jornada

Velho e cabisbaixo mais lembrando

Sempre daquela mulher

Que fez meus olhos brilharem

Naquela inesquecível noite chuvosa

Onde a agasalhei

E segui o meu caminho até o horizonte

Junto com meu imortal violão