Como extinguir uma cultura

O formão da educação é perverso

O ato de lapidar o verso bruto é insulto

É culto do absurdo.

Surdo-mudo

Minha cultura é a cortesia do silêncio

Em frente ao domínio.

O leite doce que flui das tetas do capital,

Perverte aqueles ainda não desmamados.

Juntando os povos em uma grande panela, transformando em caldo insosso.

Causando alvoroço com a necessidade do ser pra ter.

A precisão do sal, a herança do capital é a cultura do consumo,

Onde todos são insumos desse cozido.

Sendo ritmados pela colher que orquestra o mundo.

Silenciando de forma dócil aqueles que ousaram ver o mundo além dos olhos.

E mesmo atando a língua do poeta em nós, a mão se refaz fugaz em versos

Escritos nas entrelinhas.

Na tentativa de salvar o que resta de sensibilidade no mundo!