"PALARVAS, PALARVAS"

É...

Como dói esse tal de adeus

E a Deus eu só peço conforto e afago

Me lembro do Mago e suas palavras

Que, ora eram sábias, outrora eram larvas

Das sábias se foge, das larvas se banha

Assim é o coração de um pobre amante

E mesmo com tudo dizendo o contrário

O cego coitado ainda monta um cenário

No qual esse amor seja forte e recíproco

Morreram as tardes frientas de acasos

E foram-se embora as noites de amor

Se via solidão tatuada em seu rosto

Depois que o seu peito foi casa pra dor

Seus lábios beijavam lembranças cortantes

O abraço apertado era em cactos gigantes

Seu corpo chorava e clamava por toques

Da pele inflamável que lhe incendiou

Até virar cinzas.

Valente - BA, 28 de novembro de 2018 (11:42).

Vinicius Cladu
Enviado por Vinicius Cladu em 28/11/2018
Código do texto: T6514020
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.