As Pedras dos Sonhos
A solidão me abate
Com seus marcos de glória
Onde descanso meus pensamentos
Na linda luz do luar
A calma tramita em meu coração amargurado
Nas grandes tempestades da noite
Onde as melodias me acompanham
E formulo-as na configuração do luar
Olho para íngreme posição
De meus sonhos onde durmo
Balbuciando palavras
No rico esplendor estelar
Suplico pelo teu calor
Que oprimem minhas obras
Na solidão da chuva
Olho para o céu e as estrelas
Me abraçam na visão de meus sonhos
Onde contraponho meus sentimentos
Na iníqua voz do aterro de minha confiança
Onde respiro ilusões
E escrevo amarguras
Nas pedras dos sonhos
A labuta de meus pensamentos
Se transformam em chamas
No rico tremular de vozes
Onde derramo minha identidade
No reino do pesadelo
Que descrevem minha calma
Como um vento tempestuoso
Que tremula em minhas veias
Onde adormeço em teu olhar
E destrincho a amargura da noite
Nos olhos de ilusões
Onde a saída para respirar
É se desvincular do caos amoroso
Que arrebentam minhas veias
Onde vou em direção
Ao comboio estelar
Enxergo meus pensamentos
Na loucura da noite
Onde o suor de minha labuta
Se confirma agasalhando meus sonhos
Na súbita realização amorosa
Olho e corrijo um toque
De minha mente
Onde me afasto e coagulo
Minha atenção
Em traços amargurosos
De infelicidade
Onde deposito a saudade
Em teus braços
E olho para o mar
E enxergo as sombras
Galgando até o paraíso