espelho claro

Corro com o vento, os campos sem tamanho

de águas ninfas do tempo.

Que dormem intranquilas no gás de estrelas.

Em gramados e apoteoses

Humano Édipo

Efêmera sorte

_ Se não me decifrar eu te devoro!

A noite segue teu cansaço

Enquanto tremem as carnes dos cavalos

Nenhum lugar parece mais seguro

Procuro no escuro

Uma entrada no muro

Sem muita pressa

Uma face que se perde

No espelho incomum das perfeições

Depois se despe!

Nu nublam os olhos.

Somos nós mesmos

Aparentemente mal traçados?

Pouca é a virtude que julgamos acender

Movem pelo céu da boca outras vozes não ditas!

Que se apagam no raciocínio das palavras.

Uma nuvem esconde o sol

desse silêncio enfático.

Quem fica dessa vez sou eu,

eu que procuro no espelho de vidro

Um jeito de arrumar os cabelos !

Francisco Cavalcante
Enviado por Francisco Cavalcante em 30/11/2018
Reeditado em 27/08/2019
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