O Farol da Ilusão

Os meus lábios gesticulam

Para a revolução final

Que filtra meus sonhos

Pois a vida se despedaça

Nos momentos críticos da luz

Viajo na imensidão de meu prazer

Onde o imediato camufla meus sonhos

Desaguando no reino apoteótico

Da multidão

As cartas já estão na mesa

Onde os sonhos contaminam

O meu olhar

Escondo a soltura da noite

Pois o reino se atrofia

No mero desleixo de minha alma

Pois a solidão divide

Meus pensamentos que se escondem

No meio do farol da Ilusão

Vidas usurpam o comportamento anormal

No caminho sinuoso onde as sombras

De amor cauterizam a amargura

No reino solitário de minha alma

O descuido nos leva a entregar

Nossos sonhos no caminho

Harmonioso da luz

Escondo as falsidades do amor

E os ventos ensinam

Inimizades na rotina da paixão

Vidas ceifadas por meu coração

Que sangra por causa da dor

Me inclino na proteção de meus ensinos

Onde a lateral mudança nos encaixa

Perfeitamente no reinado das ilusões

Paro, olho e reflito sentindo o cheiro

Do arco da saudade que me resseca

Na jornada do amor

Os meus olhos se subtraem

Por trás das sombras

Onde o reino cauteriza a minha amargura

Que tenho por ti

No pecado amarguroso da ilusão

Descrevo meu pensamento em pedaços

Onde a obra se formula

Na feição de meus sonhos

Contrariando a mutua relação

Que há em meu pensar

As letras perdem o seu furor

As obras perdem o seu calor

O céu perde o seu amor

E as águas perdem o seu valor

Na iníqua solidão

Que reprime meus lábios

Na longa estação do luar