ANJO TRISTE
Anjo triste que de ti desistes,
vede o céu que enfeitas do evolar
da nobreza das tuas asas, do claro do teu peito,
deste teu doce jeito de as nuvens enfeitar
Anjo triste que de ti desistes,
vede quantos anjos mais, como tu,
voleiam os sonhos; se tornam nossos sonhos,
os dos seres bons que nos vêem, a nós, anjos; que nos
escutam o canto e nos devolvem, enxuto, o pranto e os olhos,
de mar, de sal, de céu e de abrolhos!
Anjo triste, não nos entristeça!
Não nos negue tua beleza!
São José, 29/10/2005 – 01:13h