O Reino dos Sonhos

Vejo as pessoas ascendendo ao paraíso

E eu sozinho na ribanceira da saudade

Que comprime meus gestos

No imenso resplandecer de meu amor

Os meus olhos destrincham a dor

Que se acopla em meus sentimentos

Que galgam até o reino dos sonhos

A personificação de minha imagem

Escultura o simples desejo

De viver onde a solidão

Cauteriza meu imaginário

Na réplica realidade das sombras

O meu destino é se enforcar

Nos altos traços da ilusão

Que me abana com sua dor

No reino tempestuoso da solidão

A chuva declina meu destino

Na sóbria vida de meus sonhos

Onde sutura o meu pensamento

Virtude que se sobressalta

No horizonte de meus lábios

O reino dos sonhos

Copiam a liberdade de ultrapassar limites

E cavalgar até o amanhecer

Pois a impiedade segmenta

O destino das ilusões

Fomentando assim uma ascensão virtuosa

Que me abrange com o teu amor

Pairo na multidão que subitamente se declina

Nos passos originais da luz

Onde o pensamento abrasa

O meu entender

Redijo viagens até o parque da imaginação

Pois o desespero conforma-se

Com o meu olhar

Na aptidão de sonhar

A saudade camufla o meu desejo

Com seus ensinos

A saudade da ilusão

Contempla os meus olhos

Na amargura da noite

Descanso nos braços da noite

Esperando a chuva

Cair sobre minha face

E ter apenas um só dia feliz

A dor me entristece

Nas apoteóticas sombras do destino

Que escondem o desejo da paixão

Que cauteriza minha alma