Apenas o meu silêncio

Eu preciso imaginar esse tempo!

No encontro do meu ser e as palavras de m'alma...

Eu tento perceber nessas palavras algum sentido

E se o céu descesse nessa terra?

Com o seu azul de paz!

E a beleza de santidade...

Talvez os anjos seriam nossos amigos,

E toda maldade com medo

Desceria ao inferno do esquecimento.

Diante dos infortúnios de não ser um apaixonado

Eu que penso em tantas besteiras

Com o coração vacilante e o lume dos olhos perdidos

Alcançaria as alturas da luz, e roubaria a glória das estrelas...

Sem mais choros e murmuraçoes, apenas o meu silêncio

Somente o céu e todos os meus irmãos...

Sem guerras no peito assustado eu

Veria as delícias do Paraíso!

O amor não busca proveito próprio

E não engana nenhuma das criaturas.

O céu é azul, mas o espírito é um arco de Deus,

Nesse momento de solidão

Sem um amor que me entenda e me queira

Somente as palavras fizeram um pacto

Com minha existência!

O céu dos olhos que secos dói

O coração que indiferente pede socorro

A alma que sem paz não vê uma esperança

E o espírito que nem fogo atiça meu destino...

Talvez possa parecer uma bobagem

Mas, eu nunca vi uma beleza maior que a do Sol

E mesmo assim, vejo a imperfeição das estrelas.

Pobre que sou, nunca serei um verdadeiro poeta.

Ó dia, ó noite, ó vã das coisas... O medo da lua me

Amedronta

Os dias são como o céu azul, e azul é meu coração.

Coração de vagabundo e sem dinheiro

Perdido nos devaneios da paixão que não me ama!

Pois, descobri uma máxima de Deus, todos os apaixonados morrem envenenados pela língua!

E pela língua brota eternas crianças que lêem poesias.

Meu amor é uma piada! Sou feio e pobre, tenho defeitos

e não sei agradar uma donzela!

Na Verdade eu sou um túnel de pesadelos

cuja saída sem nenhuma luz vai de encontro aos infernos

Ó meu céu o que fiz para ser apenas mendigo?

Ó Deus que me vê e bem sei que rir de mim... O que eu te fiz?

Ó Deus das minhas lágrimas...

Ó Deus das minhas lágrimas tão amargas pelo tempo.

O tempo terminou,

O céu continua no firmamento de uma abóbada proibida

Na minha existência apenas contemplarei as núvens com seus sete desenhos e tons cinzas.

É possível os sonhos salvarem os Homens?

Mediante as orações de tantas almas nesse além temporã,

E temporã são minhas letras que tanto me assolam no lugar tão só.

Porque, a beleza de querer um dia amar é tolice se não coexistir nas lágrimas que vem me desvanecer tamanha paixão de um abraço consolador do meu pai.

Mayson Angélico Ser
Enviado por Mayson Angélico Ser em 04/12/2018
Reeditado em 04/12/2018
Código do texto: T6519001
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