As Portas da Saudade

Viajo nas sinfonias do paraíso

Onde meu coração brota

Nos mananciais da vida

Escrevo as minhas melodias

Olhando para as estrelas

Que me contagiam com seu fulgor

Crio as próprias melodias

No balanço de meu coração

Sentindo as dores do violão

Que pairam sobre minha alma

Atravesso as direções

Confiscando a minha razão

Na imensidão da solidão

As portas da saudade

Respingam em mim

No crepúsculo da aurora

Me sinto complexado

Com as labutas da vida

Escrevo pétalas de rosas

No acústico de minha ascensão ao paraíso

Me sinto tão solitário

Nas margens da fúria

Descrevo meu imaginário

Nas capas da multidão

Afundadas no poço da ilusão

Escrevendo minhas palavras sucateando

Minha alma na solidão

De meu imaginário

Um coração alado

Tão esgotado pelas mágoas da solidão

Que apazigua minha mente

Nas entradas das colunas da noite

Quase sem pretensão alguma

E vivendo amargurado nas trilhas da aurora

Quando me desprendo

Da imensidão de meu olhar

Canto o cântico do paraíso

Que desmantela meu pensamento

No amor das ilusões

Vivo em um mundo

Naufragado na corrente de minhas deduções

O apse se conforma

Em me aniquilar

Na forma oculta de meus pesadelos

Explorando a longa escada

Até o reino virtuoso do paraíso

O raio me inunda

Com seus rastros de saudade

Na infame discórdia

Que aprisiona nossos segredos

Nas moradas no paraíso