PASSO A PASSO.

O poeta perdeu o rumo,

saiu do prumo num fim

de tarde.

o poeta saiu da linha

atravessa um deserto,

Ele não vê a luz, esta nas

trevas,

a inspiração percebeu...

o poeta atravessa o deserto,

o poeta foge,

vai a um shopping,

toma um sorvete,

mas não se satisfaz,

toma um café concentrado,

não vê a luz esperada,

ele coloca a cabeça entre

as mãos,

ainda não chora,apenas suspira,

o poeta vê uma nuvem,

a nuvem não chove,

apenas o sufoca,

ele então ri um riso seco,

pensa , que tragedia ,

ousa embriagar-se,

desiste, pensa,

embriagar é fugir

da luta,

agora quer gritar,

o grito não sai

o grito entoa no silêncio

da alma,

o poeta levanta, e se vai,

lembra do pai que mora

distante,

o osso é duro, mas é preciso

ser roído,

mas não é osso,

reflete, é um deserto que se

agiganta,

quer escrever um poema

digno,

mas a noite o impede,

o deserto parece longo,

mas o poeta não desiste,

vai passo a passo,

ele espera que o dia

volte brilhar.

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Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 04/12/2018
Reeditado em 04/12/2018
Código do texto: T6519179
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