PASSO A PASSO.
O poeta perdeu o rumo,
saiu do prumo num fim
de tarde.
o poeta saiu da linha
atravessa um deserto,
Ele não vê a luz, esta nas
trevas,
a inspiração percebeu...
o poeta atravessa o deserto,
o poeta foge,
vai a um shopping,
toma um sorvete,
mas não se satisfaz,
toma um café concentrado,
não vê a luz esperada,
ele coloca a cabeça entre
as mãos,
ainda não chora,apenas suspira,
o poeta vê uma nuvem,
a nuvem não chove,
apenas o sufoca,
ele então ri um riso seco,
pensa , que tragedia ,
ousa embriagar-se,
desiste, pensa,
embriagar é fugir
da luta,
agora quer gritar,
o grito não sai
o grito entoa no silêncio
da alma,
o poeta levanta, e se vai,
lembra do pai que mora
distante,
o osso é duro, mas é preciso
ser roído,
mas não é osso,
reflete, é um deserto que se
agiganta,
quer escrever um poema
digno,
mas a noite o impede,
o deserto parece longo,
mas o poeta não desiste,
vai passo a passo,
ele espera que o dia
volte brilhar.
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