A Esfera do Paraíso

Trago na cicatrização dos sonhos

Viagens até a esfera do paraíso

Transporto minha identidade

Para o reino de meu destino

Salvo os igarapés

No reino do espaço

Subo nos coquetéis do mundo

Transpiro imagens nas várias

Observações da razão

Devoro minha mente

No arquipélago de ilusões

Caço na ascensão da corrosão

De meu pesadelo

Prossigo cantando no mar inundado

De várias mortes suplantadas

Pelo reino da multidão

Soberano viajo até o destino da redenção

Transbordo o mundo

Na injustiça de minhas lágrimas

Persigo a solidão mendigando no espaço

Perverto a áurea da natureza

Nocauteada pelas raízes da dor

Solto meu destino

Nas mãos da selva da noite

Dentro do aprisco sucateio

A eleição de minha jornada

Até as ilhas mutiladas

Pela minha dor

Saturo o invocamento

De meu galgar na constelação do paraíso

Agrupo ilusões no destino imediato

De minha mente

A forquilha acende pela nobreza

De meu jugo colateral

Caio na especulação do medo

Que me lança para o meio do abismo

De minha consciência

Me engajo na devolução

De meus pensamentos

Subitamente atraio os paraquedas

Para o cúmulo da noite

Entristecendo minhas visões

No socialismo de meus deveres

Acorrentado pelas paisagens tempestuosas

De meu singelo cântico

Nas cartas do amanhecer