Quando as balas eram só doces!

Quando a praça era do povo!

Algodão doce, cocadas,

Balas e balões de todas as cores

Adoçavam os fins de semana.

Quando a paz era na praça!

E o respeito era o senhor,

As pessoas caminhavam com a noite,

Sem medo!

Quando o povo era na praça!

O velho João Boca de Luar

Sentava-se no banco da praça.

Contava aos o meninos da cidade

Belas Historias!

Com o seu violão puído

Mas bem afinado!

Entoava belas canções

A cidadezinha parava para ouvir

E na noite, as pessoas passeavam,

Sem sustos!

Quando a praça era dos meninos!

A balas não matavam os sonhos

Não destruía as vidas

Não pintava com sangue!

As roupas das crianças.

As balas!

Não queimavam os corpos dos pequeninos,

Não perpetravam indeléveis feridas na alma!

Elas eram só doces!

Quando as balas eram só doces!

A vida passava

No balaço das casas felizes!

Corria pela as ruas

Pintada de festa!

Girava em um carrossel de estrelas.

Quando as balas eram só doces!

As ruas vestiam-se de paz,

As flores enfeitavam os jardins

E não tinham cheiro de morte!

As nuvens eram feitas de algodão,

As horas tinham gosto de sorvete.

Quando as balas eram só doces!

Os meninos seguiam um palhaço

Que equilibra-se em uma roda

E, que, quase afônico, gritava,

Hoje vai ter palhaçada!

E sob o teto de um céu cheio de estrelas

O futuro sorria,

Sem medo!

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 07/12/2018
Reeditado em 07/12/2018
Código do texto: T6521090
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