AS DORES DO DESTINO

Converto meus sonhos

Na simplicidade naufragável da dor

Desvendo relações

Na parte inevitável da jornada

Até alcançar as estrelas

Sutilmente confisco as almas

Que se escondem

Nas rédeas de meu interior

Vivo entrevistando a sonoridade

De meus pensamentos

Nas colônias sufocadas

Pelas dores do destino

Traduzo meus pensamentos

No complexo da noite

Viajo pelas armadilhas da solidão

Experimentando sonhos

Na matéria orgânica

Do saber

Introduzo mágoas

Nas cartas escritas

No naufragar da paixão

Me asfixio na pressão de não te ter

Nas sínteses de meu entendimento

Nas súplicas do amanhecer

Categorizo minhas emoções

No toque súbito do destino

A derrota sangra a vida

Tracejada por traços de iniquidade

Vivo na ascensão súbita

De minha alma

Confisco ilusões

Nos traços singulares

Que atrofiam meus sentimentos

Na mágoa da noite

Avalio os cálices da vitória

No lado dócil da dor

Viajo entrecortando palavras

No soluço da aurora

Tecnicamente abraso

As sombras do destino

Realizando missões na calada do infortuno

Convoco sonhos nas batidas

Da ilusão

Vislumbrando os toques refratários

Que vislumbram meu interior

Na característica harmônica da noite