Rondas da Manhã

As virtudes propostas por mim

Se aniquilam na precipitação dos sonhos

Recrio versos na minha relação existencial de ser

O meu desleixo será cobrado

Nas rondas da manhã

O toque ardente simula meus desejos

No conflito existencial da razão

Vivo em um mundo intercalado

Por pesadelos

Converto planos

Na trivialidade do medo

Componho faces no abrangente reino

Da desolação

Trafego nas milícias saqueadas

Pela minha mente acautelada por sonhos

Abdico de minha imagem

Vivenciando palavras no sarcófago do paraiso

Tramito relações arbitrarias

No terreno conflitual da dor

Desvio meus interesses

Nas algazarras de meu imaginário

O destino destitui minhas palavras

A reflexão sintetiza meus destinos

Reformulo conclusões

No oceano indivisível da saudade

Camuflo as sombras ocultas

O paraíso atrai meus sonhos

As liberdades saturadas pelo medo

Atrofiam a vivência de meu passado

O palco do destino

Retrai o destino da inquisição

Escrevo passagens na cautela da dor

O mundo convive na atual artimanha da saudade

As liberdades atrofiam meu imaginário

A vida destaca minhas palavras

Na solidão horrenda do medo

O naufrago da ilusão

Abrange a discórdia de minha interação

No galgar dos mistérios de meu imaginário

Recorto sombras

No terreno da dor

Explicações negociam mistérios

Na arca da saudade

Destituo meu labor nas marcas da iniquidade

Viajo no terreno destituído

Pela dor do mistério

Que galgam na sabotagem de meu sonhar