[Depois de ver tuas coxas na loucura de meu desejo]

Depois de ver tuas coxas na loucura de meu desejo

queria escrever uma peça de carne da palavra feita

porra e ponta, lança dura na meta dentro do mato

e da meta – língua dentro de língua – metalinguagem.

Tão quanto eu tu não te perdes em andares teus pés

vaga tanto assim em voga, vulva que me guia vento

ao ponto grito, canto grave, letra sem vogal, gemido

de prazer zunindo animal num cio de muito se matar.

Abre as pernas tronco, e, terna, tranco meu trabalho

dentro e trago veia e sangue quentes, e bem me sabe

e sente salto e solto, juntos em semente e seiva em sega.

Fico como tu em partes e faço encontrar a dura parte

já na hora de sua ida, já tão suada, já tão sem nós,

sem cama, quase em coma - os sentidos debaixo do pano.