Obscura

Ela me visita todas as noites,

recosta em meu peito,

remete-me a um sonho,

e ela aceita,

a quase tudo que proponho;

Em sua pele branca, quase pálida,

ela pede, a marca de meus dentes,

e ela chora e me faz sorrir pra vida,

quando me mostra, tudo aquilo que ela sente;

Ela em meu corpo, quase jaz,

converte prazer em loucura,

quando em minha sede, seu desejo satisfaz,

então ela me fere, e ela me cura;

Mas ao amanhecer, antes de raiar o dia,

vai embora, sem deixar rastros nem sinais,

vai de mãos vazias, assim como nada traz;

E ao chegar a noite,

eu sempre espero,

que ela não volte mais.

Nilson Ruas
Enviado por Nilson Ruas em 14/09/2007
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