Obscura
Ela me visita todas as noites,
recosta em meu peito,
remete-me a um sonho,
e ela aceita,
a quase tudo que proponho;
Em sua pele branca, quase pálida,
ela pede, a marca de meus dentes,
e ela chora e me faz sorrir pra vida,
quando me mostra, tudo aquilo que ela sente;
Ela em meu corpo, quase jaz,
converte prazer em loucura,
quando em minha sede, seu desejo satisfaz,
então ela me fere, e ela me cura;
Mas ao amanhecer, antes de raiar o dia,
vai embora, sem deixar rastros nem sinais,
vai de mãos vazias, assim como nada traz;
E ao chegar a noite,
eu sempre espero,
que ela não volte mais.