Sem o auxílio de esquemas 
Sem juízo e sem arrego,
A folha em branco é uma taça
Onde pingam meus sentimentos
Na forma de um líquido negro
Que eu vivo derramando a esmo,
Por costume ou por pirraça,                          
Em forma de poemas.            
Gostaria que fosse um destilado,
Que eu tomaria com muito prazer
Sem angústias e sem celeumas. 
E assim sem mais nem ser,
Nem vergonha de ficar embriagado
Eu poderia, enfim morrer,
De tanto beber a mim mesmo,