DESENCONTRO

Tu te sentes perdido

aí no qualquer lugar

a que foste desavisado?

Pois que te encontres com Flor,

com Pessoa,

a quem a pena, se dói, não dói...

a quem o o verso, se mente, não mente,

e a lira canta com o encanto do sem canto!

Se, mesmo, ficares perdido na esquina,

busca a orla e o umedecer

dos pés no crespo das ondas

doces do Tejo.

Para o lamento...

que brilhem olhos ausentes.

Para que de ti a ti a distância

se anule,

fecha teus olhos rasos

e chora o último rio em que te afogues!

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 15/12/2018
Reeditado em 27/03/2019
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