A Máquina da Verdade

Os sintomas deságuam

Na clareira da escuridão

A sombria névoa da noite

Redigem sentimentos na trégua da saudade

Como posso intervir nos corações humanos

Onde a necessidade suplica

Por um mundo de ilusões

Combato o descenso do mal

Naufragando meus sonhos

Nas vestes duvidosas da escuridão

A face gesticula o fardo alto das sombras

Como se a minha face destemperasse

A máquina da verdade

O ressecar da razão

Contradiz o segmento humano

Escondendo assim a inocência da verdade

Quero esconder a simplicidade da mentira

E impor o segmento racional da redenção

Enalteço o conglomerado de razões

Onde o sentimento brota

Na face da observação explicita

Pelo arco da conspiração

Formulo observações

Na síntese criativa de meu imaginário

Só queria que o mundo despertasse

A noção criativa do raciocínio

Observo as destemperanças do medo

Onde o real confunde minha esperança

No aborto da inquisição

De meus sonhos

Resseco informações

Pois o mundo acalenta a forma dispersa da dor

Esquemas camuflam seus objetivos

No palco sagaz da razão

Como quero desmentir os meus conflitos

Onde a solução desconta as faixas

Separadas pela noção arrogante

Da geração falida do infortuno

Aproprio-se de suas vestes

E explicitamente reajo as indiferenças

Causadas pela sua forma imediata

Sacrificada pelos atos falhos da saudade

A tormenta ensoberbece o homem

Como se ele quisesse omitir

As falhas tradicionais

Camufladas pelas formas soberbas da multidão

O mundo descansa seus ouvintes

Especulando falsas insignias de misericórdia

O holograma abastece as camadas

Existenciais da loucura

O Universo simula as belezas simultâneas

Angariando noções exatas

No palco fendido

Na oculta face da aflição