O VENTO LEVOU.

O VENTO LEVOU

O vento levou
num fim de tarde
não deu nem alarde,
pegou e partiu,
da janela ei vi,
da flor margarida,
a ultima pétala sumir,

a corola desnuda,
me olhou a chorar,
tão fria e triste
no galho a murchar,
a brisa da tarde
voltou outra vez,
tocou em meu rosto,
com fraca avidez,
mas os meus sentidos
não á agradeceram,
estavam ocupados,
com o trite dilena,
da flor margarida,
que em tarde dorida,
perdeu-se de vez,
a ultima pétala
que no céu defez.