Tedio

Esse tedio que me ataca

que não vejo mais graça

em nada e em ninguém.

Tudo é comum,

tudo está no mesmo lugar,

jeito, forma, atitudes,

Palavras trocas,

Que tedio

Tedio que até

as coisas que mais me agradava,

se torna nada.

Tedio

Tedio, e

Tedio.

Tudo virou tedio,

filme, livro,

amor, pecado,

conversas e pessoas,

objetos e tudo

que esta ao meu redor.

Todo igual,

estudar, dividir,

ser boa, ser igual,

ser tudo igual, fazer tudo igual.

Dia apos dia,

tudo igual,

Mês depois de mês,

Todo ano,

toda hora, minuto, segundo.

Procuro, e procuro

a graça de uma flor,

como as adorava!

Mas agora, são flores,

iguais, a tantas outras.

São todas as pessoas iguais,

todas as conversas,

que graça que eu via em tudo,

Cadê ela?

Amava teatro,

pra mim mesma historias, só as

vezes contadas por outros personagens.

Você até você, perdeu a graça

Sim, amor estou dizendo você,

você e meu poema.

Minha vontade e única

é esperar o caminho de pedras se acabar,

esperar algo mudar,

algo novamente reviver meus sentimentos.

Ate a Luxuria, me deixou,

tudo, tudo e nada restou

para tentar deixa

um pequeno sorriso,

e um olhar de esperança.

Só irei seguir meu caminho

a espera de algo novo,

realmente novo.

Enquanto isso caminho,

pela estrada de pedras,

atrás de meu cachão,

que um dia ira me chamar,

para me comer.