O MONSTRO EM MIM

Eu nasci em uma madrugada cinza e fria.

Recebi de boas vindas o açoite do toque da Morte, ela olhou dentro dos meus olhos...

Por alguns instantes ela tocou a minha face, ingênua e pálida no seio da maternidade.

Numa pergunta fria envolveu o ambiente "Uma Vida Pela Outra". E assim foi concedida as duas. Para mim foi sorte ou azar eu me pergunto...

E que vida é essa que eu morro a cada dia nos braços do Tempo? E que tempo foi esse que me transformou neste monstro?

Em minh'alma está arraigada as sombras, na minha mente cópula as mil faces do diabo.

Ele mesmo brinca com os meus pensamentos, tortura-me duma maneira cruel e desumana. Eu clamo pela morte, eu suplico por vezes que ela me envolva no seu manto. Numa mudez aguda ela ri pra mim...

Com os dentes cerrados e escurecidos.

Sussura em meus ouvidos: Sentes querida flor negra que pintei de cor escura de tristeza, as minhas garras que atravessam teu coração e extravasa em tu'alma?...

És meu doce cálice beber de tua tortura, saceias-me de teu pranto, me faz forte a tua fraqueza. E Eu, desde que nasci me pergunto se deverás eu não nasci já morta.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 11/01/2019
Código do texto: T6548587
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