Assolação do Medo

Repouso nas longas vertentes do paraíso

Registro toda a destilação de meu imaginário

Secularizo toda a remissão do destino

Refrigerando todo o cumprimento da dor

Insisto em assinar pecados

Na assolação árida do medo

Meço o comprimento do terror

Reprimindo a consciência material

Aniquilando de vez a saturação do acaso

Desprendo medidas solucionando

O intermédio abrupto do prazer

O destino nos transborda

A armadilha me hipnotiza

Atraindo alienações na grande sutura da noite

Preconizo as distantes visões

Que rejuvenescem a labuta exponencial da dor

Descanso quebrando paradigmas

Assimilando as correntes do medo

Oculto a semente gradativa

Expondo fatos na ligeira dor da injúria

Repreendendo fatos na grande doçura do enigmatismo

Que ensoberbece a partitura do descaso

As fatídicas dores suplantam o terrível destino

Do famigerado arco de minha mocidade

O alarde repreende a transição atônita

Dos traços súbitos do desconhecido

Trafego no náufrago desenfreado

Trazendo partituras

Despejando as garras da saudade

Especulando sonhos na divisão subliminar do invariável

As células respingam no sofá das estrelas

Onde as deidades trafegam no fardo oculto

Rabiscando mártires no cálice terreno

Saturando sonhos respingando trechos

Na fase triste da alienação

A impia transição trafega na ilusão do sexto sentido

Formulando frases no meio desconexo

Espinhos lecionam a resolução de suas artes

Camuflando a desavença descomunal

De meus sonhos aprisionados

Pelas pestes oculares da razão