Metalinguística Liberdade

Não me preocupo com a facilidade de liberdade

Neste período não deve haver paternidade

Sem querer parecer arrogante,

Ressaltarei o que acho interessante

Creio que para haver literatura,

Diferentemente de nossa legislatura

Manter-se-á a espontaneidade

O escritor tem que estar livre da liberdade!

Como Joyce, Hilda e Rosa

Dominaram a prosa

Claro, a arte se efetiva quando é libertada

Tal qual a barricada que fora acobertada

Quando há a troca entre leitor e texto

Quando Martin os surpreende com incesto,

Porém não deve ser uma cadeia para o escritor

Á semelhança de Edmund Dantes sofredor

Isto posto, é dado um aval para o elaborador

O difícil é viver em uma geração desejosa do mastigado!

Questiono-me como esse povo foi alfabetizado

Após esse processo, porém devo abrir mão da minha perspectiva

Na humildade de Macabéa contemplativa

Não por descuido, mas por esperteza

Porque, se há livre interpretação, há riqueza

Acepção no fundo é argumentação

Assim como o velho no mar em sua realização

Ok, ninguém é obrigado à semiótica,

Todavia venda bem seu peixe

Tratando-se da escritura inglesa gótica

De Cathy ou outrem com seu feixe

Assim, grandes clássicos se sustentam,

E os juízos do assassino da machada complementam

Além, é claro, dos livros serem incríveis!

O Processo com angustias passíveis

E Machado não está aqui para explicar

As angustias de Bentinho e o desabafar

Do filho-único sem autoestima

Quiçá por isso, os preguiçosos não gostem de sua obra-prima.

Rafael Thiago
Enviado por Rafael Thiago em 23/01/2019
Código do texto: T6557226
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