Soneto

No mundo vi-me todo lassidão.

Intransponível vigilante fé.

E dança a breve sã imensidão:

Reluzente na graça do mar é.

Ermo das catedráticas cidades

Crespando os lassos peitorais em ais,

Donde espero lascivas em idades

Sofreguidões e soluçantes cais.

Cansadas as volúveis formas, só

Na noite vagarosa a vida: nó

Enruga-se, farfalha soluçante.

Cisma nos chega de noturno pó

Em sangue esfíngico. Demais vi, só,

Trilhas... Ciprestes... Fogaréu, vai, cante.

André SS
Enviado por André SS em 24/01/2019
Reeditado em 20/01/2020
Código do texto: T6557993
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