Atrevida!

E mais uma vez

E depois de tanto tempo

A poesia me procura

Me diz que sou sua

Ai ai, sou a borboleta monarca (isso sim)

Se não sabes, consigo voar milhões de quilômetros

Nem no Brasil estou

E como você me achou?

(te odeio)

Chegastes assim

Como num estalo

Corri ao Word

No dia de hoje

Para dizer

o ódio que sinto de você!

(Satisfeita, agora?)

Fico procurando entender

Porque eu desperto interesse em você

Mesmo sem talento ter

As vezes tu me chamas

Seja quando a dor não cabe no meu peito

Ou como agora que nem sei me entender direito

Chegas numa falta de respeito..

(Sabia que eu estava ocupada?)

Ai poesía

Se eu ao menos escrevesse todo dia

Quem sabe eu seria uma poetisa

Uma Clarice sem tanto aspecto

Mas sei lá, poesía...

Por que insiste em sussurar

Toda sua ousadia?

Por que me chamas no acaso?

Me tornas poetisa logo de uma vez!

Alguém que tenha nome

Mas nãao!!!!!!!!!!!!

Você quer me ver assim

Uma qualquer

Sem talento

Mas apenas refém

Das suas idas e vindas

Chegando sem avisar

Com intuito de me perturbar!

Ah, poesía, já brigamos tanto

Nunca te procuro (juro)

Mas você insiste em me atentar

Quando vais entender

Que talvez eu não necessite de você

Mas nunca saberei descrever

O porquê de te ter

Se nem poetisa eu sei ser!

Borboleta ao vento
Enviado por Borboleta ao vento em 24/01/2019
Reeditado em 24/01/2019
Código do texto: T6558427
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