Subjetivamente
Se eu tivesse toda a coragem possível
para sempre esquecer do começo
e me reter apenas na simples sensação
de sempre começar
eu poderia então dizer que a vida
nunca se acabou,
eu poderia dizer que a morte
é além de inexplicável, inexistente é.
O presente é apenas um conceito,
não uma divagação abstrata,
sem importância,
repleta de inutilidade.
Nasceria então, a grande ciência,
a ciência do efêmero,
seria a vida com a qual nunca desisti de aceitar.
Não vou deixar o choro para outro momento,
olharei o chão colorido,
as nuvens,
no sol.
Minha cegueira enfim
numa dimensão desconhecida
enxergará o que interiormente sinto.