As Dadivas da Escuridão

Revejo os teoremas da ilusão

Pois as dádivas se misturam com a porção da noite

Faleço com a obra-prima da escuridão

Alimento as traças da inquisição do contorno

De minha existência

Respondo meus desejos no infame destino de meus sonhos

Até a trepidação de minhas viagens

Onde destituo ilusões na obra sagaz da manhã

Destilo a minha mente a aniquilar visões

Onde armo a labuta da dissolução

Nas armas divisórias do meu paraíso

Elevo meu nível protagonizando miragens

No gene de minha resistência

Sublimo as linguagens que dissolvem

As anarquias da desolação

Quero protagonizar sentidos nas ilhas de meu passado

Seguridade incita o sublime desejo de minha alma

Quero habitar no habitat de meus sonhos

Onde aniquilo as vestes da esperança

Vivo protagonizando as emoções

Nas dissoluções do meu imaginário

Minha voz rebate as miragens do passado

Quero alcançar os enigmas do lado obscuro da cidade

Escrevo meu desejo rabiscando o futuro

Nas alamedas do presente

Sente a tua voz voar até o paraíso iníquo

De sua majestade

Como posso tocar o céu

Se o meu desejo não passa de mera ilusão

A incerteza abate os mercados de meu sonhar

Quero alcançar as dádivas da vida

Saturando casos na verdade da misericórdia

Quero reascender meus desejos

Na saudade que designa a resolução de meus desafios

Meus braços interpretam a amargura do desconhecido

Apenas quero viver redigindo meus desenhos

Ressabiando visões e categorizando enredos

E categorizando histórias nas alamedas do destino

Insiro meus presságios nas bodas destoantes da redenção

Molho as insignias do coração

Contemporizando descansos que insistem em nos dizer

Pois o fácil se torna obsoleto

Nas grades da ascensão

Quero viver preso nas anarquias da liberdade

Separando sonhos, dividindo retrocessos

E camuflando desejos nas resoluções

De um ponto sóbrio em comum