Confrades

Com toda a majestade

dos seus passos bêbados;

escorando nos coqueiros,

cruzavam a avenida beira-mar, os dois confrades.

Brindavam a indestrutibilidade

dos seus fígados negros,

pediam cigarro e mandavam beijos,

um de chapeuzinho de pescador, o outro com cabelo de frade.

Boiardos da sarjeta,

príncipes da alegria!

vexame aos caretas.

Sob o sol do meio-dia,

posavam à tinta da caneta preta,

tropeçantes de tanta sabedoria.

Brayan Nascimento
Enviado por Brayan Nascimento em 29/01/2019
Reeditado em 29/01/2019
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