Despedidas... 

não esperava serem tão difíceis
fraquezas expostas no papel
as vezes parecem tão fúteis
pessoas que vem e se vão 
em busca de algo irreal
para sentirem-se úteis,

é fascinante pensarmos
que vivemos no mesmo plano
cada um carregando seu dano
lutas internas, novos planos 
vivendo e se acostumando
com o pesar quotidiano,

independente da forma como
enxerguemos tudo a nossa volta
encarar a própria insignificância
tem sido crucial pelo menos por hora,

somos apenas um entre bilhões espalhados
fazer a diferença beira o impossível visto de fora
desacreditar nas próprias dores e apenas acreditar
que todas elas vão embora com o passar das horas,

mais uma forma de ver entre as bilhões espalhadas
dores insignificantes mais se parecem flechadas
trazem tormentos, lhe tiram toda calma
flechada em cheio no peito da alma,

indestrutíveis...
tornam-se meras vertigens
me destruir ou  me reerguer?
ambas, são só formas de viver,

vivo dentro de uma cova, respirando e com vida
cavando com as mãos, alcançando la em cima
como um cadáver "decompondo" obra-prima
fazendo poetas reaver a auto-estima,

caminhos que levam ao mesmo destino
passagem só de ida, sou passageiro clandestino
em um voo de composições de clássicos como Alpacino
questionando como fizemos toneladas pairarem no céu
reinventamos novas artes colocamos às no papel,

descobertas incríveis
reviravoltas terríveis,

praticamos genocídios
construímos presídios,

extinguimos animais
dividimos os iguais,

causamos lágrimas
que descem do céu
em forma de temporais..

designados a destruir sua própria terra
usamos tudo que temos propagamos guerra
destino já traçado fruto da natureza humana
destruir uns aos outros uma energia que emana.