Dama da noite

Eu sou filha da noite

E ela é meu lugar

No teu seio escuro frio que me deito

Me deleito

Me faço em memórias me mostro em gracejos

Em trejeitos

Sou dama da lua, da luz do luar

Me banho e me encanto em tua aurora

Desperto do dia que enlouquece a memória

Mas minha pele jamais será clara como o luar

Ela é amendoada, caramelada, abençoada

Em mil deuses que partiram de lá

Que vieram daqui

Que renascer acá

Soy latina e também amazona

Sou indigena e também yorubana,

Graças a deusa que me fizeste em mil tendões

Rasgada em meio sangue

Deitada na escuridão

Eis-me aqui pra quem quiser ver

Os cabelos brilhando, pra batalha armados

Face rija e doce, com os dentes serrados

A mente sempre a espera e o coração sempre arrastado

A noite é fria e desordeira

Quem nela vive, chora

Mas não rende à fraqueza

Lucas Viana
Enviado por Lucas Viana em 31/01/2019
Código do texto: T6563604
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