Dama da noite
Eu sou filha da noite
E ela é meu lugar
No teu seio escuro frio que me deito
Me deleito
Me faço em memórias me mostro em gracejos
Em trejeitos
Sou dama da lua, da luz do luar
Me banho e me encanto em tua aurora
Desperto do dia que enlouquece a memória
Mas minha pele jamais será clara como o luar
Ela é amendoada, caramelada, abençoada
Em mil deuses que partiram de lá
Que vieram daqui
Que renascer acá
Soy latina e também amazona
Sou indigena e também yorubana,
Graças a deusa que me fizeste em mil tendões
Rasgada em meio sangue
Deitada na escuridão
Eis-me aqui pra quem quiser ver
Os cabelos brilhando, pra batalha armados
Face rija e doce, com os dentes serrados
A mente sempre a espera e o coração sempre arrastado
A noite é fria e desordeira
Quem nela vive, chora
Mas não rende à fraqueza