REVOLTA

                                    Minha primeira poesia
                                    Maio de 1969

No paradoxo da vida
Todos os caminhos são válidos
Entretanto o meu coração
Não pode ficar calado.

Ouçam o grito de um neurótico
E o estudante a quebrar vidraças
Eles são subprodutos
Da nossa própria desgraça

Vejam os mutilados
E o carrão que passa
Todos dois foram feitos
Da mais bonita trapaça

Na rua um homem pede esmolas
Na mansão quanto regalo
Todos os dois tem e muito
Embora desproporcionado

Falta de comida é fome
Comida demais é enfarte
Um supremo artista
Os pintou com muita arte.
 
Agamenon Almeida
Enviado por Agamenon Almeida em 03/02/2019
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