Gosto amargo

O vinho que me oferecem

Tem um gosto amargo

Pés mergulhados no mangue

Essa textura é diferente!!

Barro cor de sangue

Enchafurdando aquelas pessoas carentes

As águas que percorrem nas adjacências

São choros oriundos de um povo sem nada

Dignidade no lixo

Crivo pungente

Não olha raça, cor, tão pouco a minha gente

Ópio incessante

Alivia a dor para sempre

Sôfrego momento

Corações mutilados

O que foi cravado, maltrata

Tenho esperança..

Dias melhores virão!!!

Lenitivos descem dos céus

Novas estrelas brilham no firmamento

Nossas lembranças não se apagarão desse momento.

Helbert Vinícius de Faria
Enviado por Helbert Vinícius de Faria em 05/02/2019
Reeditado em 05/02/2019
Código do texto: T6567671
Classificação de conteúdo: seguro