Oásis
Na ponta de estrada
vislumbro o oásis.
Tão perto de mim.
Tão longe de mim.
Na ponta da estrada
meus sonhos viram réus.
Tão longe de mim.
Sou fuligem e
prisioneira.
Em cárcere vou vivendo
a minha liberdade
falsa. E em deslumbres
do pôr do sol que vai embora
me torno luta.
Me encontro, tornado,
pura tempestade.
O oásis se espreita perto de mim.
Ainda sou réu em meu coração.
Ainda estou perdida
em minha ilusão.
Tão longe de mim.
Quando colherem-me,
tomarei tento de não
morrer como a palha seca.
Se colherem-me, de água
benzerei meu corpo.
Vi um oásis na estrada.
Tão perto de mim.