O DIABO DA ESQUINA

Sangue de rei, sem majestade,

o retumbante arauto da bandalheira.

É dia que que nasce ao Deus dará,

vira farrapo de tarde, de qualquer maneira.

O que atravessa o caminho é rasteira,

de oferenda errada em hora ruim.

Cantoria insólita em boca estrangeira,

é mulambo sujo que se finge cetim.

Acorda o que é torto, que ainda é tempo,

de não se furtar à bravura.

Inventa na prosa o que nunca existiu,

entre o arremedo e a pedra dura.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 08/02/2019
Código do texto: T6569673
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