Inacabado

Um ônibus e uma metáfora,

ambos nos transportam...

ao desenho real das cidades,

as linguagens,

aos medos.

Nas tramas da solidão é o silêncio profundo quem

me bate a porta,

aos gritos.

Só a minha alma escuta.

Sentado na janela observo a cidade passar ligeira e

reflito sobre o infinito,

E me transporto novamente.

Na próxima parada,

redesperto meus sentidos.

Enxergo os outros, sem empatia.

Como autômatos eles passam ligeiros sem que me percebam.

Mergulho em mim

E caio em um mundo profundo

de segredos.

Onde tudo parece sempre inacabado.