Fagulhos Neurais

A recessão alega preconizações

Nas falhas normativas da saudade

Tudo sem menosprezar palavras

Como se a decadência do desejo

Folgasse no meio inóspito da trepidação de meu parecer

Nocauteio facetas na labuta súbita dos sonhos

Escrevo meus mandamentos no designo do paraíso

Tudo se convém na insistência da desolação

Camuflo as hastes da misericórdia na acefalia da redenção

Tudo parece desvanecer ilusões na acepção do desejo

Trepido na insinuação de sua desmoralidade

Nocauteando assinaturas no castiçal de minha majestade

Entreponho dados no condado de meus pêsames

Insisto em dizer sobre a acefalia de alguns gados humanizados

Desafios incitam o oculto da razão

Respiro o conflito de minha alucinação no paraíso do destino

Desconjuturo a faceta de meu autoritário desejo

No ininterrupto conglomerado de ilusões

Assinaladas pelo julgamento da reflexão

Facetas descontam o pálido ensoberbecer

Das castas normativas do sacrilégio

Da redenção autoritária do medo

Tu me ensinas esta didática expugnável

Aos olhos glamourosos na incitação do infame

Você não enxerga fora da caixa?

Tu verás que tudo não passa de ilusão das matrixes

Na assolação de seu desespero

Trabalho na divisão prerrogativa do imaginário

Tudo desencana a sociedade do medo

Opções não gabaritam a sua opção sobre o mundo

Inquebráveis raciocínios desintegram o procedimento sexual

Tudo camufla para a confissão do desejo

Empolgo meus caminhos para atrofia do caminho irrefutável da esperança

Tudo se absolve com procedurar da mentira

Especulo noções na falha do jugo do labor do desespero

Quero alcançar a preconização da reflexão

No contexto atônito do sabor da misericórdia

Enxergue o seu destino e isto que você vê

Não passa de miragens

Anuncio a sua saída do pedestal dos sábios

Para te prenunciar a sua volta ao circo do gado

Críticas te assustam, como assim

você não dizia que era a imoral?

Olha que eu faço e rasteje sobre o árido deserto

E espere seu destino nas calígulas da ascensão

Isto que eu te disse antes foi proposital

Queria te infectar com o veneno da saudade

Vire-se e quebre as portas da janela

E pule até o limbo do loop infinito

Isto fará você lembrar do seu passado

Primitiva, e você achava que poderia ser sarcástica?

Como pôde ser tão alienada assim

Isso condensa a assolação do meu desejo

No particípio de minha imaginação

Revolte contra você mesmo e caia no poço da escuridão

As águas te sufocam e não deixam você voltar

Isto é o preço que você paga por ser tão venenosa

Agora peça ao homem de capa vermelha para te salvar

Metáforas, vê se entende o que o incitador está te falando

Mas isto é muito para o cerebelo de seus fagulhos neurais

Prendo a corda na confissão da dor

Exprimo o factuoso destino de minha misericórdia

No cântico atônito da saudade