ROMPIMENTO DA BARRAGEM

Antonieta Lopes

A barragem rompeu em Brumadinho,

De rejeitos desceu uma avalanche,

Que engoliu homens, casas, o terreninho

Furiosa arrastou para adiante.

Parecia movê-la um diabinho,

Tantos estragos fez, mais importante

-Não ficou um só pássaro no ninho,

Não me ocorreu rimar, ora que a cante.

Parentes – corações estraçalhados,

Muitos mortos achados, recolhidos,

Seriam pelos céus abandonados?...

Quantas saudades, dores, ais, gemidos.

Ficamos de horror apatetados...

Em toda roda amigos condoídos.

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 14/02/2019
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