ROMPIMENTO DA BARRAGEM
Antonieta Lopes
A barragem rompeu em Brumadinho,
De rejeitos desceu uma avalanche,
Que engoliu homens, casas, o terreninho
Furiosa arrastou para adiante.
Parecia movê-la um diabinho,
Tantos estragos fez, mais importante
-Não ficou um só pássaro no ninho,
Não me ocorreu rimar, ora que a cante.
Parentes – corações estraçalhados,
Muitos mortos achados, recolhidos,
Seriam pelos céus abandonados?...
Quantas saudades, dores, ais, gemidos.
Ficamos de horror apatetados...
Em toda roda amigos condoídos.