Florejo
Transcrevia a natureza
em cânticos tão delicados
quanto o voo de uma gaivota.
Inspirava a pureza
de suas notas e horas
em doce história.
Demorava sorrisos
feito pétala de flor.
Procurava amores como quem
nunca conheceu a dor.
Destoava o cinzento com
sua voz cheia de cor.
Mas era frágil
como gota de chuva.
E em prantos, chorava,
com medo da fúria.
Esquecia-se de sua força.
Alma-viúva.