Recônditos da minha alma!

Me revelando para mim.

Mergulhei minha alma,

No âmago de minha tristeza.

Fiz singular mistura de medos, planos,

Frustados sonhos.

Vasculhando gavetas,

Removendo as teias de meu passado.

Vasculhando lembranças ancestrais,

Tentando entender um pouco de mim,

Reações, os porques...

Tudo enfim de minha ilusões, emoções, sensações.

Minha sempre solidão,

Essa perene constância da desilusão.

Na minha vida.

Tento quebrar o ciclo vicioso do sofrimento,

Criado por mim,

Repetido agora em nós!

Persisto, insisto,

No meu ato contínuo, de jogar-me,

Nas procelas da vida,

Esfacelando meu sonhos,

Contra corações de pedra.

Que se deliciam com o quebrar,

De minhas ondas de amor.

Sem perceber, me vejo renovando as dores.

Refletido na tela do meu pensamento

Sombras de minha vida,

Projetadas no meu frágil ego.

Dispenso lisonja e afagos,

Recuso os discursos construídos,

Na hora, ao acaso...

Meu dicionário tem palavras,

Verídicas e apaixonadas,

Usadas nos vértices das estradas.

Como guia de caminhos,

Rosas sem espinhos,

Desarmadas!

Lapidadas com lágrimas,

Que formam meu mar de tristezas,

Onde hoje banho minha alma!

Observadora
Enviado por Observadora em 31/10/2005
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