O lobisomem

E seus olhos negros de brilho intenso encontraram a luz da pele clara dela, Suas narinas sentiram o perfume das flores do campo como nunca antes havia percebido, sua boca salivava e pingava na relva ainda fresca do orvalho.

Quanta beleza, quanta pureza no lago de aguas cristalinas nua ela se banhava, e sem se mover ele a observava, a lua cheia da madrugada o fortalecia dava lhe a astucia que precisava.

Estranho nunca tinha se sentido assim, talvez a brancura da pele, ou a beleza dos seios, Não sabia o que era e nem sabia explicar, não conseguia se mover, sua mente já perturbada a dúvida o atormentava atacar e se sacar-lhe com o oferecido ou simplesmente observar tão bela criatura.

E quando finalmente se decidiu, nada mais pode fazer a não ser se retorcer na grama molhada, e sentir seu corpo se rasgando e ardendo, e seus gritos de dor e desespero assustou a mais bela das bruxas que já tinha visto, e assim ele se foi dando lugar ao seu segundo ser que se levantou cambaleante e caminhou para a floresta densa fugindo de sua própria maldição.

Luiz Otavio Bizella
Enviado por Luiz Otavio Bizella em 27/02/2019
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