lhe amo tanto
lhe tanto odeio
ao mesmo tempo
a alma em pranto
corpo em receio
ainda tento,

pulo barreiras
busco maneiras
trolo as fronteiras
fico no mesmo lugar,

escutas-te ao abrir da porta
atravesse-a, abrace o outro lado
esqueças o lado de cá
nunca permaneças
no mesmo lugar
jamais durma
jamais sonhe
vê se escuta
vais-te acordar
sonhar não importa
cavar uma cova
entrar e ficar.