DESTINO CRUEL

Que olhar é esse, que tanto me perturba?

Dançaste comigo uma única música

Tomaste-me nos braços, com tanta delicadeza

Adentraste minha alma em silêncio

E com os olhos, disseste-me, do teu amor

Tão jovem eu era, mas, estremeci

Confesso: fugi do teu olhar

Fugi, porque desejei-te mais do que devia

Tão logo a música parou, apertaste minha mão

Num gesto de despedida

E teu olhar entristeceu

Uma lágrima em meus olhos… E te foste para longe

Por que partiste se tanto me amaste?

Retornas agora, tanto tempo depois

Com o mesmo olhar

Provocando-me novamente arrepios

Despertando desejos adormecidos

Nossa juventude ficou tão distante

Mas ainda sinto-me em teus braços

Rodopiando pelo salão

A música ainda soa em meus ouvidos

Como se no momento presente estivéssemos

Tão cruel foi o nosso destino

Apresentou-nos numa noite tão linda

Onde a lua nos acenou e sorriu

Abençoando nosso encontro

E em seguida deixaste-te partir de mim

Calo-me neste instante, não devo alimentar esse amor

Tarde demais nosso reencontro

Tarde demais para recomeçarmos.

MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI
Enviado por MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI em 16/03/2019
Reeditado em 19/03/2022
Código do texto: T6599717
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