Em busca do nada
Se tudo é disputa
em busca do nada
o olho e a barriga
aumentaram de inveja
soprando fúria
o velho gosto soberbo
a terra é testemunha
de quantos engolidos
não me juguem
não sou desvairada
tantos com muito
outros com pouco
todos nascem iguais
mera ilusão
tudo fora do lugar
cristais tocando
não existe um som
que alegre
um olhar tristonho.
Varenka de Fátima Araújo